quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Tem peso...
Minha alma tem o peso da luz.
Tem o peso da música.
Tem o peso da palavra nunca dita,
prestes quem sabe a ser dita.
Tem o peso de uma lembrança.
Tem o peso de uma saudade.
Tem o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
(Clarice Lispector)
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. (clariceLispector)
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.
(Clarice Lispector)
Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.
(Clarice Lispector)
http://www.claricelispector.com.br/obras.aspx
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Eu...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte,
Sou a crucificada… a dolorida…
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou
(Florbela Espanca)
Menina mulher
Ah! linda menina pequena
Hoje não tão pequena
Mas, uma grande mulher
Na tua infância eu partilhei
Linda menina morena
De traços e curvas perfeitas
Minha eterna pequena menina
Que de menina moça
Hoje se fez mulher
...mãe...
Que um dia te vi criança
Te carreguei e acalentei no colo
Até te fiz dormir...
Agora, dessas lembranças
Traz uma sauadade
Dessa saudada me traz uma certeza
De um tempo...que vento levou...
Hoje te encontro nas coordenadas
de meus pensamentos.
Veem as lembranças da menina faceira
A correr na areia do mar ao entardecer
E hoje corres tu, atrás de tua cria,
Assim como eu um dia seguir teus passos
Te coloquei nos braços
E te apertei com abraços
Acalente teu anjo como foste acalentada um dia...
Me perco nos labirintos dessas lembranças
Porque, continua sendo minha pequena menina
Para esquecer que hoje és uma grande mulher.
E para mim eternamente será...
MENINA MULHER!
(Elianecosta-12.01.2009)
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Se olhares
Não sou tão má quanto pensas;
Apenas não sou tão corajosa como imaginas...
Pareço forte mais no fundo sou fraca
Fera porém sou Bela
As vezes chata mais no meu íntimo há sentimentos diversos
Pareço metida, porém se olhares em meu semblante
Com seu coração verás apenas humildade
Calma sempre...
Posso até parecer solitária ...
É que realmente tenho poucos amigos...
A diferença é que os poucos que tenho
Não valem metade de um seu ...
Pense nisso
Depois me julgue
Lembre-se que se me julga pela aparencia...
Sou apenas o reflexo de sua ignorancia
(Clarice Lispector)
Alm'alva
Olho para dentro de mim mesma,
Sentimentos controversos que se esbatem com o tempo.
Tempos perdidos, num mar de ilusões,
Amores vividos, perdidos, reencontrados.
E no entanto, minh'alma
Permanece pura, limpa,
Apesar de alguns arranhões da vida,
De algumas mágoas do passado.
Apesar de algumas desilusões
Que magoaram meu coração,
Rachando-o ao meio por vezes,
Mas minh'lma, permaneceu intacta,
Chorou com as tristezas do meu coração,
Sorriu com as alegrias da vida,
Quase morreu com as dores dos amores
Mas permaneceu sempre limpa.
As lágrimas que derramei por vezes,
Construíram meus mundos,
Destruíram as minhas barreiras,
Fortaleceram minhas forças.
Minh'alma, por vezes também chorou,
Para limpar as dores da vida,
Os sabores amargos das derrotas,
E assim, permaneceu sempre intacta,
Como espero que permaneça sempre.
com o tempo....sempre alva...
(Elianecosta-by loba-22.12.2008)
domingo, 21 de dezembro de 2008
Soneto da separação
SONETO DA SEPARAÇÃO
De repente do riso faz-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o pranto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a ultima chance
E da Paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente, não mais que de repente
Fez-se a tristeza o que se amante
E de sozinho o que se fez contente.
Faz-se do amigo proximo o distante
Faz-se da vida uma ventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinicius de Morais)
Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo que punge, tudo o que devora
No coração, no rosto estampasse;
Se pudese, o espírito que chora,
Ver atráves da ascara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa,então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez exista,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosos!
(Raimundo Correia)
Só...
Eu tenho pena da Lua!
Tanta pena, coitadinha,
Quando tão branca, na rua
A vejo chorar sozinha!...
As rosas nas alamedas,
E os lilases cor da neve
Confidenciam de leve
E lembram arfar de sedas
Só a triste, coitadinha...
Tão triste na minha rua
Lá anda a chorar sozinha ...
Eu chego então à janela:
E fico a olhar para a lua...
E fico a chorar com ela!
Ausência de nós...
Minh'alma
Minh'alma
Minh'alma triste
Na calada da noite
Vagando pelo labirinto da solidão
Perdida no tem po e no vento
Meu coração chora
As paredes de meu coração
Por lâminas cortantes
Foram dilacerado o mais profundo de mim
Ecoando grito de DOR
Grito de AMOR
Sangra minha entranhas
Abrindo mais minhas feridas
Continuando mais triste minh'alma
Porque não tenho VOCÊ!
Não tenho como te esquecer
E para sempre vou AMAR VOCÊ!
...paixão...
(Eliane 12.12.2008)
Solidão
O tempo arrastou-me para a tristeza
Sempre na esperança que,
Um dia regresses para mim...
A saudade é incanssavel
o amor incondissionavel,
a dor insuportavel...
O mundo desaba
Cai tudo a meus pés,
Sinto-me como uma condenada
que vive presioneira deste sentimento
Que vive apenas por ti,
Que faz o meu coraçao bater...
Se nao te tiver
e a minha esperança morrer
poderei gritar pelo fim!!!
(Eliane)
Nirvana
NIRVANA
Águas...
Águas
Saudades
Uma lágrima
Diante da desilusão, sobraramas lágrimas...
É o que resta da esperança perdida....
Mas, um dia elas secaram e ficará obrilho dos olhos...
No rio corre a água...
Nos meus olhos lágrimas...
Lágrimas não só, de dor, de tristeza e decepção,
mas também, de alegria e felicidade...
Cada lágrima que brota dos meus olhose corre no meu rosto...
Têm um significado, um momento vivido...
Seja de Dor..
Seja de Alegria...
Eternamente juntos...
A quem tanto amamos,mas quando não se tem outra escolha...
Eu não posso mudar o destino traçado por DEUS.
Mas, esse mesmo DEUS me diz, que esse ADEUS é apenas uma ilusão passageira.
É apenas o ADEUS a uma imagem.
Que eu despertarei para esta verdade ha qualquer momento...
Pensando agora, sinto que não preciso dizer ADEUS ao teu AMOR
Será eterno e estará presente em todo o lugar.
Continuará presente na minha vida,
Estamos unidos pelos laços do sentimento.
O pensamento nos aproxima e assim estaremos sempre juntos enquanto o amor existir.
Preciso apenas dizer ADEUS a tristeza e a ilusão...
ADEUS e a Deus que vele por ti...
Preciso dizer ADEUS a sofrida saudade.
Para ficar somente contigo e com a doce lembrança de tua imagem.
Posso sentir a tua presença muito mais perto de mim do que antes.
Nós viveremos eternamente um no coração do outro fortemente unidos por laços eternos. Indestrutíveis...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Soneto a quatro mãos
Tudo de AMOR que existe em mim foi dado.
Tudo que fala de AMOR em mim foi dito.
Do nada em mim o AMOR fez infinito
Que por muito tornou-se escravizado.
Tão pródigo de AMOR fiquei coitado
Tão fácil para AMAR fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se um grito
Contra meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de AMOR mais que coubesse
Nesse pobre coração humano
Desse eterno AMOR meu antes não desse.
Pois se portanto dar me fiz engano
melhor fora que desse e recebesse
Para viver do AMOR sem dano.
(ViniciusdeMorais-12.08.1945)
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Nada quero de você!
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Vida
"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Amor eterno...
Aquela que nunca amou.
( Pablo Neruda)
No meu peito...
Vem
(florbela Espanca)
A um ausente
Amo-te
ODE ao ÓDIO
(Eliane/ 25 de agosto 2008)
ODE AO ÓDIO
Se tu quiseste ser o nó
Eu serei a corda...
Onde estará amarrado todo
meu Ódio e toda aminha Ira
Que um dia chamei de amor
Que vou alimentar
o gosto do fel que minha boca provou
Vou te ODIAR até a morte
Hei de matar-te todas
as noite...
Mente doente
Teu beijo envenena
Teus braços algema
Salguei tua carne
Mas hei de odiar com furia
das tempestades
Te queimar como a furia dos raios
E povoar tuas noites com pesadelos
Quando acordares sentiras
todo dolorido teu corpo
Que ha de desejar ter morrido.
Desgraçado!!
Aranca de mim...
Essa magóa que de mim se apossa...
Como arancar você de mim, se estou cheia de você?
Se tens ferpas de você em todos os meus cantos?
Em todos os meus contos...
Em todos os meus versos...
Preciso expurgar você de minha vida
Como se você tirou a minha vida?
Te extirpo
Seja vivo ou morto...
O ódio que sinto de você
infeciona minh'a!
Apodrece!!
Quando se Odeia o proprio Amor,
Não se quer matar
Se quer morrer...
De ÓDIO!!
( Elianecosta-06/09/2008)
(25.08.2008)
Poema triste
Tão TRISTE que nem consigo escreve-lo.
Tão triste que as lágrimas brotem do papel.
E que se alogem nos olhos de quem lê.
Hoje acordei e meu coração não batia, e no seu lugar havia uma pedra fria e úmida...
Húmida de todas as lágrimas que de noite verti...
Por ti...Hoje quero um peoma que fale de rosas mortas.
Que fale fúnembre momentos de paixão...De paixão...
Não correspondida!! ...Gasta!...Amarga!...
Morta!!!
E que tudo isso me araste nas pedras da rua...
Na rua...Na tua...Rua...
Hoje quero poema que fale de MORTE!!!
De Coroas de flores supultadas.
De choro de lágrimas caladas.
De pedras de calçadas...
De pedras...Caladas...Sepultadas...
Hoje eu quero um poema tão triste.
Que nem consigo escreve-lo.
Quero um .poema queme fale de ausência...
De saudades...De AMOR...De DOR...De ti...
(Adeus... em breve encontro você)
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Lágrimas e momentos
Em Poucas palavras, momentos ...
Lágrimas, coração apertado
Decisão, de não sofrer
Ensaiado, por vezes complicado
Mas foi súbito, o fim
No mesmo dia do sim
Te encontrei, destino ou ironia
Não sei, intenso, louco
Hoje me calei
Por dentro gritei, hora do adeus
Em cada palavra, uma lágrima
Em dizer, a você
cada momento, pouco tempo
Uma certeza, foi sincero Mágico, insano
As cortinas se fecharam
Cediço ao mundo
Quero ser teu amigo...
Eu sou o adeus
E você nem se quer me olhou
Eu sou aquela ROSA
Que você pisou
Eu sou aquele olhar
Que você evita
Eu sou aquele sorriso
Que você matou
Eu sou a lágrima da tristeza
Que você fez cair
Eu sou aquele amor
Que você desprezou
Eu sou a voz
Que você sufocou
Eu sou o sentimento
Que você só, maguou
Eu sou o AMOR
Você PAIXÃO
Agora!
So lembrança amarga e vaga
Quase esquecida
Enfim!
Eu sou o ADEUS...
Que nunca mais vai olhar para trás...
(Elianecosta 27.11.2008)