quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Soneto a quatro mãos



Tudo de AMOR que existe em mim foi dado.
Tudo que fala de AMOR em mim foi dito.
Do nada em mim o AMOR fez infinito
Que por muito tornou-se escravizado.

Tão pródigo de AMOR fiquei coitado
Tão fácil para AMAR fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se um grito
Contra meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de AMOR mais que coubesse
Nesse pobre coração humano
Desse eterno AMOR meu antes não desse.

Pois se portanto dar me fiz engano
melhor fora que desse e recebesse
Para viver do AMOR sem dano.
(ViniciusdeMorais-12.08.1945)

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